domingo, 16 de maio de 2010

Parabens (atrasados) Carol


PARABENS ATRASADOS, CAROL!


Estes parabens, como não são dados no dia, não são parabens pelos teus 17 anos.

São parabens por seres como és e por seres uma pessoa UNICA neste mundo.

Parabens por estáres sempre lá (ou cá).

Parebens por fazeres rir melhor do que ninguem.

Parebens por dizeres o que é preciso dizer quando é preciso dizer.

Parebens por seres sincera.

Parabens por seres diferente.

Parabens por teres um enorme, gigantesco coração.

Parabens por seres multi-funções.

Parabens por não saberes (mas tentares) cantar.

Parabens por não desistires dos teus sonhos.

Parabens por meteres a amizade primeiro que tudo o resto.

Parabens por não te importares com o que os outros pensam.

Parabens por aguentares as desilusões e meteres um sorrizo na cara só para nos veres bem.

Parabens (e OBRIGADO) por nos fazeres bem.

Parabens por interpretares esse papel dificil e atarefado de Carol todos os dias.

Parabens por amares o mar.


(lista infinita)


Parabens, Parabens, Parabens...


Queremos muitos mais anos contigo.



Amamos-te. (menos o Diogo)


domingo, 9 de maio de 2010

Why do all good things come to an end?

As pessoas caminham lá fora. Moles. Não notam! Não notam, não… Não notam que fala alguém. Mas eu…
Quero acreditar que é apenas mais uma ausência tua. Daquelas em que eu sei perfeitamente que tu estás bem. Seguro. A rir. Daquelas ausências em que um
- éuééé
ou um
- kulunaté vá
chegariam para romper o silêncio e te trazer de novo para junto de mim. Estiveste sempre aqui, comigo, nessas ausências.
- não notam que falta alguém?
Mas eu… estou sentado num café, de café à frente, com café no sangue. Talvez isso me acorde como acordava o teu brilho a qualquer hora. A última coisa que me disseste foi
- gosto de ti
e eu gostei que gostasses de mim. Não senti no teu tom um adeus. Sempre vi o teu sorriso como fuga para o problema. Sempre acreditei. Sempre tive presente que o sol aí estaria para ti. Tantas portas abertas quando outras se fecham… Estive contigo até sem grande quantidade de palavras. Medi-as, tirei-lhes o peso e usei só as que achei que precisavas. Tu nem precisavas, ias ficar bem de qualquer forma.
Não ficaste. Ou talvez tenhas ficado.
Agora, aí longe, estás tão longe de nós.
Sabes… esta noite deixei a minha janela aberta. Deixei entrar o luar que já não marcava presença no meu quarto havia bastante tempo. Durante segundo, minutos ou horas, não sei, fiquei ali a olhar o céu. Na esperança que entrasses e viesses dizer
- adeus
Tu não eras disso. Ainda assim, pensei que esta noite fosses disso. Mas eu… sou assim. Optimista.
- não notam que falta alguém?
Fecho os olhos. Abraço-te. Beijo-te. Abraço-te outra vez. Passam na minha cabeça vozes de momentos em que tu ou o teu nome estiveram. Ainda não foste, eu sei-o. Ainda não sinto a tua ausência. Abraço-te.
Não sei por mais quantos dias deixarei a minha janela aberta. Só o toque do mar ou do luar me podem agora sarar a ferida que já sai dos olhos e chega ao canto dos lábios. As lágrimas abriram-me um rasto pelo rosto, tornando-me o sorriso num esgar ácido. Não era isso que querias, eu sei. Um homem também chora. Desculpa-me. Prometo que depois compenso com a minha alegria habitual. Primeiro preciso desse medicamento poderoso a que chamam tempo e dessas aspirinas a que chamam amigos. Talvez nem seja preciso mais do que uma ida ao hospital.
Uma das últimas coisas que te disse:
“O pior mal que podes fazer é ignorar tudo, aí sim estás a fazer mal ao que te rodeia. O nosso comportamento na vida é como numa multidão. Há os que procuram, os que não procuram e encontram, os que procuram e encontram, os que são encontrados e os que só andam aos encontrões. Tu é que escolhes qual deles és”.
- vem vento, vem
Leva-me contigo. Torna-me tão leve como aquele pombo que vejo lá fora, na praça. Só por uns momentos. Só por uns momentos. Talvez gritasse lá de cima (se de tal os pássaros forem capazes)
- não notam a falta de alguém?
Tu não quererias que notassem. Seis biliões de pessoas no mundo menos uma é igual a seis biliões. Matemática pura e simples, podem confirmar na calculadora. Para mim a conta é diferente. Um menos um igual a zero. Matemática pura e simples, podem confirmar numa calculadora.
Perdeste a oportunidade de viver, Miguel. Viveste ao máximo enquanto não a deixaste fugir. Especulo sobre se foste tu que a deixaste escapar ou ela que te deixou fugir.
Está sol lá fora. Calor. Suor. Incómodo.
- levaste um pedaço de todos nós, sabias?
Apesar disso, não te foste também. Deixaste um pouco de ti em cada pessoa que tocaste. O meu pedaço (de ti) está aqui, bem guardadinho, não te preocupes. Obrigado irmão.
E se me perguntasses agora
- kulunaté vá…?
- chirimaia, mano. Chirimaia…

Aloha Miguel!
CARPE DIEM
DIOGO DA SILVA